29 de setembro de 2015

Escatologia

[Deus] determina outra vez um certo dia, Hoje, ... depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7). 
[1]              OBSERVAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE PROFECIAS
a.   Limites: há limitações quanto ao que pode ser conhecido sobre certos assuntos (Atos 1.7); o conhecimento do futuro é limitado e tem o propósito de conduzir o cristão a uma vida de acordo com a vontade de Deus.
b.   Tensão entre “já” e “ainda não”[1]: 1 Co 2.9; 1 Jo 3.2.

[2]              POR QUE ESTUDAR PROFECIA?
a.   Saber: As profecias nos informam sobre o plano de Deus para o homem;
b.   Esperança: A profecia oferece esperança segura em uma era sem esperança;
c.    Consolo: O estudo das profecias estimula a santidade e piedade do crente;
d.   Vigilância: O estudo das profecias capacita evitar os enganos e erros;
e.   Salvação: mostra o caminho da comunhão com Deus e livramento da ira;
f.     Confiança: as profecias ajudam a confiar no caráter e soberania de Deus;
g.   Compromisso e missão: O estudo das profecias promove uma igreja evangelística.

[3]              O QUE É ESCATOLOGIA?
a.   Escatologia: doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos - “último”, logos - estudo).
i.      Expressões bíblicas: “últimos dias” (Is 2.2; Mq 4.1), “últimos tempos” (1 Pe 1.20) e “última hora” (1 Jo 2.18).
ii.    Definição: estudos dos acontecimentos finais do plano de Deus para este mundo e a consumação do propósito de Deus.
b.   Profecia: “é a proclamação da vontade de Deus presente e futura” (Anders[2]).
c.    Alfa e Ômega: Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas.

[4]              PREMISSAS [3]
a.   Houve um início e haverá um fim do atual sistema mundial.
b.   Desfecho da evangelização mundial.
c.    A justiça divina deve ser implantada; o Reino eterno de Jesus será estabelecido.
d.   É necessário iniciar-se o tempo eterno.
e.   A morte e o mal serão destruídos;  o pecado e suas conseqüências terão fim.
f.     O bem triunfará.

[5]              A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DO ANTIGO TESTAMENTO
a.   Vinda do Redentor: semente da mulher (Gn. 3:15); semente de Abraão (Gn. 22:18); da tribo de Judá (Gn 49:10); descendente de Davi (2 Sm.7:12-13); Profeta, Sacerdote e Rei (Dt.18:15; Sl.110:4; Zc 9:9); Servo Sofredor (Is.42:1-4; 49:5-7; 52:13-15; 53); Filho do Homem (Dn.7:13-14);
b.   A chegada do reino de Deus: Dn. 7.13-14
c.    O estabelecimento do Novo Pacto: Jr 31.31-40; cf. 1 Co 11.25; Hb 8.8-13;
d.   A restauração de Israel: Jr.23.3; Is.11.11
e.   O derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne: Jl 2.28,29
f.     Novos Céus e Nova Terra: Is.65.17; 66.22.

[6]              O CARÁTER DA ESCATOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO [4]
a.   No NT o grande acontecimento escatológico predito no AT (a vinda do Messias) já ocorreu com a vinda de Jesus Cristo;
b.   O NT mostra que muitas profecias descritas como um único acontecimento, envolvem duas etapas: a presente era messiânica e o futuro;
c.    A relação entre estas duas etapas escatológicas é que as bênçãos da era presente são o penhor e a garantia de bênçãos ainda maiores na era por vir.
d.   A pregação de Jesus pode ser resumida em Mc 1.15: "O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no evangelho". Em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf. Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava no futuro: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2).

[7]              TEMAS ENVOLVIDOS
a.   Arrebatamento: súbita partida dos cristãos para o encontro com Cristo;
b.   Segunda vinda: volta de Cristo à terra em momento desconhecido; 
c.    Tribulação: período de catástrofes sem precedentes que virá sobre a Terra;
d.   Milênio: período de reino de Cristo;
e.   Anticristo: personificação do mal e agente de Satanás contra o plano de Deus;
f.     Tribunal de Cristo: premiação dos cristãos segundo as suas obras;
g.   Ressurreição e juízo: a bendita esperança dos justos e o julgamento dos ímpios;
h.   Céu e inferno: escatologia estudo completo
i.      Trono de julgamento: julgamento dos rebeldes contra Deus.

[8]              IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO:
a.   Importância: A segunda vinda é mencionada mais de 300 vezes na Bíblia. Os 216 capítulos do Novo Testamento contêm 318 referências à volta de Cristo, e 1 em cada 30 versículos fala deste fato. Apenas 4 (Gálatas, Filemon, 2 e 3 João) não mencionam a volta de Jesus.
b.   Chave: Várias promessas dependem diretamente da vinda de Cristo, como p.e., a ressurreição do corpo, a vitória final sobre Satanás, prova final da divindade de Cristo, porque ele prometeu voltar.
c.    Certeza absoluta: embora o momento exato seja desconhecido (Mt 24.36), a vinda de Cristo foi assegurada por ele mesmo (Jo 14.3) e pelos anjos no momento de sua ascensão (Atos 1.11).

[9]              PRINCÍPIOS DE ESTUDO DAS PROFECIAS:
a.   Picos de profecia: as profecias do Novo Testamento lançam luz sobre profecias do Antigo Testamento (1 Co 2.9); por exemplo, os judeus não perceberam que a vinda de Jesus seria constituída de duas etapas: (a) encarnação e crucificação e (b) a segunda vinda com poder e glória;
b.   Dupla referência: aplicação imediata e/ou futura.
c.    Hermenêutica: interpretação principalmente literal (1 Pe 1.20-21);
d.   Escrituras: a Bíblia tem autoridade suprema na interpretação do texto; as verdades da Palavra de Deus devem ser respeitadas no estudo das profecias;
e.   História: a profecia se refere ao passado ou ao futuro? Ela se cumpriu totalmente ou parcialmente?

[10]          DESAFIOS:
a.   Santidade: 2 Pedro 3.10-14; 1 João 1.5-7;
b.   Compromisso: Romanos 5.1-9; 12.1-2; Ef 2.1-10;
c.    Proclamação: Mateus 28.19-20; Marcos 16.15-16; João 21.15-17; Atos 1.6-11;

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